Me chamo Ângela e hoje quero compartilhar com vocês um pouco sobre como comecei a viver de artesanato, uma paixão que me acompanhou desde a infância até a minha vida adulta. Essa jornada foi cheia de altos e baixos, e muitas vezes não foi fácil, mas cada passo foi importante para me trazer até aqui. Espero que essa história inspire você, que assim como eu, busca transformar seu talento em uma fonte de renda e realização pessoal.

Infância Criativa: O Despertar do Talento
Desde que me lembro, sempre fui uma criança curiosa e com um olhar atento para o que era feito à mão. Eu adorava desenhar, e meus cadernos eram repletos de detalhes, formas e cores que expressavam minha visão do mundo. Essa curiosidade me acompanhou ao longo dos anos, e logo percebi que o artesanato poderia ser uma maneira de canalizar essa energia criativa.
Minha primeira oportunidade de trabalhar com algo manual surgiu quando eu tinha apenas 14 anos. Em 1990, minha mãe conseguiu uma vaga para mim em uma pequena fábrica de lingerie que estava começando perto de nossa casa. Meu trabalho era simples, mas cheio de detalhes: costurar lacinhos com pérolas nas calcinhas. Eu adorava ver como pequenas peças de tecido e acessórios se transformavam em algo belo e delicado.
Essa fase foi muito importante para mim, porque foi quando eu comecei a perceber que poderia fazer algo significativo com minhas mãos. O artesanato, nesse caso, a costura, começou a se firmar como uma parte essencial da minha vida.
A Experiência no Atacado: Empreender ou Não?
Depois de alguns anos costurando na fábrica, fui promovida para o setor de vendas no atacado. Trabalhei como vendedora até os 23 anos, e foi nesse período que o conceito de empreender começou a ganhar forma na minha cabeça. Vender as peças que eu ajudava a produzir me deu uma nova perspectiva sobre o que é necessário para gerir um negócio. Mas, ao mesmo tempo, o medo de ter meu próprio negócio também crescia.
A responsabilidade, o risco e o trabalho duro que eu via à minha volta pareciam assustadores demais para mim naquela época. Embora eu soubesse que tinha o talento, faltava a confiança para transformar esse talento em um empreendimento de sucesso.

O Intervalo para a Família e o Retorno ao Artesanato
Aos 23 anos, decidi dar uma pausa na carreira para focar na minha família. Casei, tive meus dois filhos e fiquei em casa para cuidar deles. Durante esse período, o artesanato nunca me deixou completamente. Minha sogra, uma grande incentivadora, me presenteou com uma máquina de costura. Ela sabia do meu talento e sempre me encorajava a continuar criando.
Com a máquina, fiz parte do enxoval dos meus filhos e algumas peças para a casa. Foi um momento especial, pois mesmo não trabalhando formalmente, eu ainda estava conectada com o artesanato. No entanto, a coragem de empreender ainda não estava lá. Eu continuava a enxergar a confecção própria como algo muito trabalhoso e complexo.
O Retorno à Fábrica e os Desafios Criativos
Depois de alguns anos dedicada exclusivamente à minha família, voltei à fábrica de lingerie onde tudo havia começado. Mas, desta vez, meu papel era diferente: eu fui trabalhar diretamente na criação de modelagens e no desenvolvimento das peças. Era um trabalho que eu amava, mas que também trazia muitos desafios.
A estrutura da fábrica era pequena, e isso significava que eu tinha que fazer de tudo um pouco. Eu desenvolvia as peças-piloto, criava os modelos e, muitas vezes, tinha que resolver problemas com materiais que não chegavam da forma esperada. Ao contrário das grandes fábricas, onde a criação começa com o desenho das coleções, lá nós recebíamos os materiais primeiro e, a partir deles, criávamos as peças. Esse processo inverso exigia muita rapidez e criatividade.
Esse período, que durou de 2008 a 2014, foi cansativo e me fez questionar o que eu realmente queria para o meu futuro. Embora eu adorasse o que fazia, a pressão constante e a falta de estrutura começavam a me desgastar.
O Passo Decisivo: Faculdade de Moda
Foi então que, em 2014, decidi fazer algo que mudaria o rumo da minha carreira: entrei na faculdade de moda na minha cidade. Esse foi o primeiro passo concreto para expandir meus horizontes e me preparar para, quem sabe, empreender com mais segurança.
Durante a faculdade, conheci pessoas talentosas e outras que eram apenas esforçadas, e essa mistura de experiências me ajudou a crescer como profissional. Eu já tinha muita experiência prática com lingerie e biquínis, o que facilitou meus trabalhos acadêmicos. Mas a faculdade também me trouxe novos conhecimentos e lapidou minhas habilidades de maneira que eu não esperava.
Continuação da História
Essa é apenas a primeira parte da minha história no artesanato e no caminho para empreender para ter independência financeira. O que aconteceu depois da faculdade? Como transformei esse aprendizado em uma carreira sólida e passei a trabalhar de forma independente? Se você está curioso para saber como essa jornada continuou, fique atento para a segunda parte desta história, onde vou contar os próximos passos dessa caminhada cheia de desafios e realizações.
Quer saber mais? Deixe suas perguntas nos comentários e acompanhe a continuação dessa história nos próximos posts!
Confira meus trabalhos clicando aqui.
Me siga para mais novidades, clique aqui.
